29.7.06

_ Here we goooooo again!

Minhas aulas começam segunda. E eu vou estudar e vou passar naquela porcaria. Que dose de otimismo. O que certas coisas não fazem pela gente!


_ ela amava os de chocolate e ele, os de morango.

O hábito. O amor. Quantas coisas chatas fazemos com que amamos... e elas se tornam doces, preciosas! Ou um pé no saco

Uma breve história de chá, biscoitos e remorso
Pt.1
Ela era um serzinho contagiante. Não que fosse linda, mas também não era feia. O que marcava mesmo era sua alegria ingênua e praticamente explosiva com que convivia com as pessoas. Seu sorriso era espontâneo e irresistível, não que fosse perfeito. Esteticamente pobre, era dono de segredos mágicos e cativantes. Ele, beirava a normalidade, não fosse ser um dos últimos homens corretos, honestos e fiéis. Não, não era monótono, pelo contrário, era muito imaginativo e divertido. Também tinha um coração extremamente bom. E juntos, formavam um casal feliz.
Ela amava com a esperança sonhadora dos primeiros romances, que apesar de alguns tropeços, era puro e completo. Ele amava com a cautela de um amante já conhecedor dos labirintos e armadilhas da vida, mas com a intensidade de um bravo lutador. E eles se amavam de forma bonita, um casal risonho de dar inveja. Passeavam por aí, de mãos dadas e almas entrelaçadas.
E gostavam de chá com biscoitos. Sem falta, religiosamente, ele comparecia a casa dela, todas as tarde de domingo, para degustar daquele delicioso hábito. O chá, ela que fazia, com todo carinho e cuidado. Às vezes variava-se o sabor, mas a xícara não. Os biscoitos eram trazidos por ele. Seu sabor também costumava diversificar, pois ela amava os de chocolate e ele, os de morango. Mas nunca misturavam os sabores: um domingo era morango, o outro, chocolate. Enquanto saboreavam seu saboroso chá da tarde, conversavam, riam. Assunto não faltava, pois ela falava mais que a boca e ele pelos dois. Quando a conversa acabava, olhavam da xícara quase vazia para os últimos biscoitos restantes e depois um para o outro. E caiam na risada, pois tudo aquilo era excelente e ambos estavam realizados: chá, biscoitos e a companhia um do outro.
Mas tudo que é bom, como os biscoitos de morango ou chocolate, um dia acaba. E nem sempre o último momento é bom como a última bolacha do pacote; ás vezes é desagradável como o pozinho que resta no fundo da xícara ao fim do chá. Ele gostava de beber, ela não. Ela gostava de balada, ele não. Nenhum dos dois gostava de dançar, mas ambos decidiram sair com seus amigos e cada um foi para um lado. Porém, naquela noite ele decidiu não beber, queria ficar sóbrio e dar risadas com os amigos. Ela, foi desafiada a “virar” algumas doses. Foi aí que ela descobriu que gostava de beber e como não estava acostumada... o álcool subiu rapidinho e logo estava “altinha” e contente, dançando como uma bela gansa desengonçada. Não que isso importasse, porque quem gosta, gosta até mesmo de uma gansa dançarina. E aquele estranho amigo gostava. Era a grande chance que esperava, poderia tentar algo... tirar aquele namorado chato do caminho! Então, sem perder tempo, ele agarrou a gansa e a beijou. Ela só foi perceber que tinha parado de dançar depois do terceiro beijo. E até, ele pensou, que para uma gansa bêbada, ela beija bem.
Continua ....

23.7.06

_ Fim de férias.
Está quase no fim... E eu não fiz nada de útil. A não ser adotar meus filhos, que cada dia que passa estão me deixando mais felizes. Estou decepcionada comigo mesma, com algumas pessoas, pra baixo mesmo. Que hora de ficar assim, na cara do próximo semestre, energia, energia, eu preciso me animar...
_ Queria ser uma fofa e branca nuvem para ser acolhida naquele céu azul infinito que eram seus olhos.
Não sei qual será o próximo, preciso escolher. Meu projeto anda indo bem, já escrevi um dos contos. E agora, finalmente, a última parte desse conto. Jaqueline terá seu conto realizado...
Para saber como acaba, tem que ler até o final.
Final

Duas semanas depois, Jaqueline acordou com a estranha sensação de já ter visto aquele dia. Aquelas cores perfeitas pintadas no céu, o ar leve e perfumado. Na escola, não parava de pensar no garoto, naqueles olhos, naquela voz... Seus amigos começaram a interrogá-la. Ela ria alto e se esquivava das perguntas... pensou que era tão bom que... Gelou. Correu à mala e vasculhou seus papéis, cheios de corações e contas misturadas quando finalmente achou. A professora de geografia entrou na sala em seguida, avisando que tinha trocado a aula com o professor de química que tinha inventado de fazer experiências no laboratório. O queixo da menina caiu discretamente enquanto pegava sua apostila de geografia.
Os minutos se arrastavam e Jaqueline queria sair correndo dali. Era verdade, verdade! Na saída, lá estaria ele, lindo, ai, deveria estar de preto como no conto. O sol bateria nos seus cabelos castanhos e perfeitamente desarrumados. Como era mesmo aquela linha? “Queria ser uma fofa e branca nuvem para ser acolhida naquele céu azul infinito que eram seus olhos.” Logo não precisaria ser nuvem alguma, quando estivesse nos seus braços... O sinal tocou, ela pulou da banqueta e saiu em disparada, só esperando. Não saberia o que dizer, oras, nem surpresa era! Mas não poderia culpá-lo, fora ela quem tinha escrito tudo aquilo. Seu coração batia tão forte que nem andar seria preciso, seria arrastada pelo desejo e pelo próprio destino. Antes de cruzar o portão, respirou fundo, tão ansiosa que chegava a tremer. Agora, agora...
O sol ofuscou sua visão por alguns segundos e então avistou. Lindo como em seus sonhos, perfeito como suas palavras nunca poderiam descrevê-lo. Ficou parada, só olhando, ele ainda não a tinha visto. Como ele estaria se sentindo? Ansioso? Quanto ele deveria amá-la? O bastante para estar ali, de preto como descrevera. Jaqueline sorria tanto e podia realmente ouvir pássaros cantando a mais bela canção de amor que o meio dia poderia oferecer. Teve o impétuo de ir correndo e se jogar nos braços dele, mas decidiu parecer surpresa, oh, você por aqui? Estava dando o primeiro passo quando aquele sorriso esplêndido enfeitou o rosto tão amado. Mas ele não olhava em sua direção, mas sim para o portão. Uma jovem do outro lado parecia retruibuir, apesar de envergonhada. Ele se adiantou, tomou-a nos braços num abraço que Jaqueline escrevera, apertado como seu coração fraquejante estava. Depois de algumas palavras trocadas, ele a beijou, o beijo cinematográfico que era dela! Seu corpo estremeceu e uma e depois outra lágrima cruel rasgaram seu rosto. Apertou o passo, escondeu o rosto e partiu para casa. Ao chegar em seu quarto, jogou da gaveta todos seus manuscritos, inclusive seu melhor que estava entre os dedos, amassado e frustrado e rasgou um por um. Dos mais simples, onde fadas beijavam o oceano sem nunca se afogarem até a primeira desilusão amorosa. Nunca mais escreveu uma linha sequer. Era uma princesa que se deixava consumir pelas chamas de um incêndio cruel.
Espero que gostem ^^

15.7.06

_ Squeeze!

Adotei dois gerbils lindos na quinta. Estava tão ansiosa pela chegada deles, pesquisando, vendo um monte deles... E agora eles estão na bagunça que podemos chamar de lar, puxaram pra mim, como pode-se ver, dormindo ou comendo deliciosas sementes de girassol. É uma sensação ótima cuidar de criaturinhas tão alegres, indefesas e sociavéis. Tudo bem que o Berquélio ainda acha que minha mão é uma semente gigante e albina de girassol, mas...

_ As delícias e horrores da primeira vez.

A adolescencia é ótima por isso... Se faz tantas coisas pela primeira vez! E bom ver coisas que você nunca achou que se realizariam acontecendo. Acho que quando se fica mais velho, essas coisas rareiam ou passam despercebidas, o que seria uma pena. Mas por enquanto, elas estão apenas ficando mais intensas, mais vivas e grudando na memória de forma absurda. Acho que essa é a que torna a adolescência ainda melhor que a infância... a consciência que é a primeira vez, poxa, é a primeira vez! Como andar a 50 km/h naquela estradinha, uhu, emoção, adrenalina! E depois quase arrancar o portão da casa da sua vó... pequenas coisas ... as delícias e horrores....

_ Projeto estranho ....

Estou com um projeto de contos, bem interessante a princípio, na cabeça. Começo a escrever hoje, depois de atualizar isso aqui e arrumar essa porcaria de PC, que sem ele eu não vivo. Aguardem, talvez eu poste aqui, talvez não. Mas dou notícias.

_ ... a doçura e inocência de quem nunca chorou por amor ...

Ah, o amor é a melhor inspiração? Jaqueline se enche de esperança e prepara sua obra-prima! Penúltima parte!

Para saber como acaba, tem que ler até o final.
Pt. 3

Havia um conto recente que tinha escrito. Sobre dois jovens que se conheciam na internet e viravam namorados. Este seria um ótimo desejo para se realizar. E sem dúvidas, se realizou. Uns três meses depois, mas estava quase comprovado seu “poder psíquico”. O garoto era um pouco diferente do idealizado, mas parecia ainda mais atraente, talvez pelo simples fato de ser real. Saíram duas vezes e Jaqueline já estava totalmente apaixonada. Aos 16 anos, qualquer coisa parece irresistivelmente apaixonante! Então, decidiu testar definitivamente a mágica que parecia acontecer quando escrevia. Juntou um monte de folhas, respirou fundo e sentiu-se a princesa arregaçando as mangas do vestido e empunhando sua espada.
As palavras saltavam direto de seu coração adolescente para a caneta, sem passar pelo cérebro. A história tinha o ritmo doce de uma tarde perfeita de primavera sem nuvens no céu, a doçura e inocência de quem nunca chorou por amor e a vitalidade de quem tem todo o tempo do mundo para viver. A prima de Jaqueline com certeza diria isso da estória e se encheria de orgulho. A melhor de todas. Começava com uma manhã lindíssima, sem sono e sem cansaço, na escola. A protagonista, que com certeza era Jaqueline, além de prestar atenção na aula, viajava em sonhos românticos com o garoto de seus sonhos que agora estava tão perto que poderia ser dela. Só de passar os olhos pelas linhas, pela primeira vez, muito bem escritas, podia-se sorrir. Todos comentavam que estava apaixonada, e ela, tímida, negava e não dizia coisa alguma. Era tão bom, que se escapasse da prisão ardente que era seu coração, poderia estragar. As duas últimas aulas trocavam de posição, pois o professor faria uma experiência no laboratório. Na saída, com passarinhos felizes cantarolando, coisa meio complicada de acontecer na bagunça que era aquela cidade, a cheia de alegria protagonista respirava fundo e do outro lado da rua esperava seu príncipe encantado. Sorria, com aquele jeito encantador, seus olhos tão azuis quanto o céu. Ele tinha vindo só por ela, pedi-la-ia em namoro. O conto acabava num lindo beijo cinematográfico. Ah, os sonhos, os sonhos.
Continua ...

8.7.06

_ Layout novo.
Espero que agrade, eu gostei bastante. Pena que ficou um espaço em branco muito grande do lado. No próximo layout eu tomarei mais cuidado.

Daqui a alguns dias eu posto a próxima parte do conto.

7.7.06

_ Férias.

Tempo de relaxar. Quero fazer tantas coisas, mas nada de ficar planejando, prometendo. Vou deixar as coisas acontecerem. E elas acontecem.

_ Layout.

Estou planejando um layout novo. Esse verde já cansou minha beleza. Além do mais, não já é época de primavera, tanta coisa mudou por dentro que por fora merece mudar também, não acham? Aguardem.

_ ....em bosques tão verdejantes que nunca conheceram inverno.

Já teve a sensação de "prever" o futuro. Simplesmente saber o que aconteceria? Será que isso realmente pode acontecer? Acho que todo mundo já parou pra pensar nisso, pois o futuro é uma coisa tão fascinante...

Para saber como acaba, tem que ler até o final.
Pt 2

Não, Jaqueline nunca escreveu nada tão “grandioso”. Suas estórias eram todas otimistas e simplistas. Até uns 14 anos, escrevia sobre o fantástico. Bruxas malvadas que invejavam princesas, fadas que se apaixonavam por garotos que adoram andar em bosques tão verdejantes que nunca conheceram inverno, fantasmas em busca de paz e redenção, animais que conversavam com seus donos e davam melhores conselhos que humanos. Mas logo os temas se esgotaram e ela se viu adolescente, cheia de coisas divertidas para contar e fantasiar. Podia criar mundos onde ela era o que queria ser e fazer o que bem entender. Roubar corações, ter todos os amigos, ser rica e famosa. Começou a escrever, coisas tolas, que ela achava um máximo. Um dia, se deparou com um fato que a levou a vasculhar seus rascunhos e a assustou tremendamente. A estória que chamou sua atenção foi sobre uma menina que estava muito afim de um garoto duas séries a frente. Mas a suposta melhor amiga o roubava. Fato comum, mas o intrigante é que aconteceu exatamente a mesma coisa dois meses depois. Porém, quando escreveu, não havia garoto duas séries a frente, tão lindo como aquele. Um tempo depois, a inspiração de Jaqueline a levou a escrever uma estória muito bonitinha sobre uma garota que perdia um livro, de capa vermelha, e quem achava? O menino mais bonito da sala! Um mês depois, a professora falou sobre um livro de poesias que havia na biblioteca, atiçando a curiosa paixão literária de Jaque. Coincidentemente, sua capa era vermelha, vermelho paixão ardente. Só que suas poesias eram complicadas e profundas como ela ainda não era e não podia sentir. Quando sua amiga chamou para ver o jogo de futebol dos meninos do último ano, saiu correndo e o livro foi esquecido. Na semana seguinte, já em pleno desespero por ter que pagar outro, aquele menino lindíssimo veio devolvê-lo. O vermelho sangue ficou tímido perto das bochechas rubras de vergonha e felicidade da jovem. Duas coisas escritas, duas coisas realizadas. E tinha mais ... o conto sobre a prova de matemática bem sucedida também tinha se tornado realidade. E sobre uma jovem que contava a história de como uma prima poeta tinha arranjado o homem dos sonhos na fila da padaria. Apesar da falta de talento, Jaqueline podia prever o futuro nas linhas de suas fantasias cotidianas? Seria ela uma espécie de... vidente? Poderia desejar coisas e estas acontecerem?



Continua .....